terça-feira, abril 05, 2016

Hipnose

Boa noite, pessoal !

Hoje conversaremos um pouco sobre hipnose.
Se você é como eu e achava que hipinose não passa de um show relacionado a mágicas e ilusionismo, senta que lá vem novidade.



Na realidade essa pratica não muito popular envolve atividades de alta concentração que alteram seus sentidos, mas sem te deixar inconsciente, ou seja, não existe submissão no processo.
Você deve estar se perguntando ... Exige alta concentração, então é como se você tivesse meditando! É mais ou menos isso sim, inclusive podemos diferenciá-las para ficar mais claro.

Hipnose X Meditação:

O estado neurofisiológico é muito parecido, porém a meditação é mais ativa. A pessoa que está meditando está sempre presente, pára de pensar, mas está presente, com toda a atenção em si mesmo. Já na hipnose, focaliza-se a atenção, relaxa e deixa a mente mais solta, meio que vagando. Tanto na meditação quanto na hipnose, o benefício para a saúde incrível.

O primeiro texto é o "Hipnose fora do palco" escrito por Isabela Braga. Para acessar o texto CLICK AQUI.

Esse texto, além de mostrar que a hipnose possui diversas outras utilidades além de diversão em palcos, também trouxe informações interessantes, por exemplo, seus 5 estágios: 
1) Hipinoidal - Sensação de pálpebras pesadas e respiração leve
2) Leve - Sensação de corpo relaxado e pesado.
3) Médio - Ausência de algumas sensações, como dores.
4) Profundo - Potencialização do estado médio.
5) Sonambúlico - Surgimento de amnésias e alucinações.

Para terapias já é suficiente os resultados dos níveis 2 e 3 para que o paciente seja auxiliado. Entretanto não é todo mundo que consegue atingir todos os níveis, cada pessoa possui um limite. Quando você se permite viver a experiência, como o caso da jornalista do primeiro texto, acaba conseguindo avançar no processo.

Durante o processo de hipinose exercemos diversas atividades cerebrais, entre elas o efeito scroop. O que é isso, Thamara? Então, galera, vou dar um exemplo prático. Assista o vídeo e teste seu cérebro.



É bem provável que você tenha se confundido com a cor da fonte e o significado da palavra. As palavras têm uma influência maior que sua habilidade de dizer as cores. A interferência entre a informação diferente (o que dizem as palavras e as cores das palavras) que seu cérebro recebe é o que causa o problema. Isso foi chamado de efeito scroop.

Então, esse texto nos mostra aspectos fantásticas dessa prática para diversos fins. Ela pode ser aplicada à Psicologia no tratamento de traumas, fobias, depressão, etc. Já na medicina pode auxiliar no tratamento de doenças e disfunções neuromusculares e até mesmo no tratamento da dor. E aí pegamos o gancho para o segundo texto ...

O segundo texto é na verdade um artigo escrito por Maurício da Silva Neubern cujo título é "Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e qualitativa de estudo." Se quiser conferir melhor do que se trata Click aqui .

Esse texto relaciona a hipnose com a dor, abordando a maneira de se utiliza-la para amenizar essa mal. O texto faz referência a dor como um processo subjetivo, ou seja, é algo tomado como uma experiência vivida. A hipnose também é vista como um recurso para o tratamento de dores, através da reorganização da vivência da dor, formando novas maneiras de configurar os significados e as emoções.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a análise feita no caso da Suzana, uma paciente que apresentava indícios de depressão e sofria com dores fortes. Ela foi submetida ao tratamento com hipnose e sua melhora fica nítida no texto. Ao final do tratamento já havia sinais de melhoras significativos tanto emocionalmente quanto fisicamente. A melhora das dores se deu a partir da reconfiguração, por meio da hipnose, das experiências sofridas que Suzana havia vivenciado durante sua vida e que haviam dando início às dores.

Matéria interessante sobre o assunto:

Mulher relata parto com menos dor após uso de técnicas de hipnose

Em resumo os textos dessa semana procuram desmistificar o senso comum acerca da hipnose. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, e isso me inclui, a hipnose não se limita a um show mítico, ela também pode ser uma ferramenta extremamente poderosa e colaborativa.
Outro fator que me chamou atenção foi que não se tira o poder de decisão de quem está sendo hipnotizado, é só um estado de consciência momentaneamente modificado. Essa prática é tão incrível que pode auxiliar os tratamentos de pacientes com câncer, depressão, fibromialgia, entre outras doenças.
Visto tantas possibilidade positivas acredito que poderíamos dar lugar a essa prática em locais fora dos palcos, pois ela pode ser uma oportunidade de cura que minimiza sequelas. Precisamos desmistificar essa visão de que a hipnose tem como objetivo principal divertir pessoas quando na realidade ela vai muito além, ajudando de diversas outras formas.


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