domingo, março 27, 2016

Lama no laboratório

Boa noite, pessoal ...
Essa postagem está fora da ordem que deveria, pois acabei perdendo o prazo do primeiro texto devido à minha primeira aula de introdução à psicologia ter sido exatamente na última chance para debatê-lo, porém, estou fazendo agora.

O primeiro texto do semestre na realidade foi o "Lama no laboratório", capítulo 1 do livro Como lidar com emoções Destrutivas escrito por Dalai Lama. Se tiver interesse em ler Click AQUI.

Ao ler o capítulo já conseguimos compreender o um pouco melhor poder da meditação e principalmente como os budistas fazem a utilizam dessa pratica. 

Geralmente, ao falarmos de budismo, pelo menos na minha cabeça já vem a imagem de uma ou várias pessoas sentadinhas, concentradas, esvaziando suas mentes e fazendo "aaauuuuuuuuummmm" por horas e horas, mas na verdade a meditação não é tão simples quanto parece e os efeitos dessa prática podem ser surpreendente.

Para os budistas a meditação faz parte de seus conjuntos de práticas e é fundamental para eles que meditem, porém quem não conhece os preceitos budistas e não se esforça para progredir em sabedoria provavelmente não fará bom uso dessa prática.


O texto aborda o processo utilizado por cientistas para entenderem melhor todo o processo dessa prática milenas. Para isso foram realizados diversos exames feitos em laboratórios para analisar e estudar o que acontece no cérebro de uma pessoa durante a meditação.
Existem diversos tipos de meditações e cada uma possui sua característica, método e resultado, pensando nisso, os pesquisadores selecionaram alguns tipos de meditações para analisar como o cérebro de Öser reagiria.

O primeiro exame foi realizado com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética, ou seja, era possível analisar a estrutura do cérebro de Öser de forma detalhada através de um vídeo que acompanha em tempo real as variações de atividade em seu cérebro. Não sei vocês, mas essa máquina me causa medo e uma certa sensação de claustrofobia e já para Öser ele se sentia em um mini-retiro. O resultado desse exame foi que ele conseguia regular suas atividades cerebrais através de processos mental mostrando, então, as diferenças entre os seis tipos de meditações.

O segundo exame foi feito através de um electroencefalograma (EEG) que mede ondas cerebrais. Öser se incomodou um pouco com o barulho do equipamento inicialmente, mas nada que interferisse em sua meditação. Não sei vocês, mas eu sinceramente não sei se conseguiria não me importar com um barulho tão chato quanto esse, minha mente jamais ficaria vazia desse jeito.

O tipo de meditação que me chamou mais a atenção foi o de compaixão, ou seja, foca-se em pensamentos e sentimentos positivos e também na preocupação com o próximo. Atualmente as pessoas estão tão  egoístas e sem sentimentos que não é qualquer um que consegue fazer esse tipo de editação, pois pensar no bem do próximo pode ser uma tarefa complicada para determinadas pessoas.

O teste mais interessante e que mais chamou minha atenção, sem dúvida, foi o do susto. Se assustar é algo tão incontrolável, é um reflexo do corpo e da mente, é involuntário! Enquanto Öser meditava eles dispararam tiro de revolver e ele simplesmente conseguiu reprimir esse reflexo quase que totalmente! Mas como assim, Thamara? Exatamente, galera ... Ele não demonstrou nenhuma mudança significativa em sua face e corpo, embora existisse alteração em seus batimentos e pressão. Consegue imaginar isso? Estar com a mente tão vazia e focada que nem mesmo um barulho estarrecedor te tirasse daquele momento? É realmente INCRÍVEL ! 



Um outro exame que me chamou a atenção foi quando o colocaram em duas discussões e em ambas os professores sempre discordavam dele, mas a diferença é que um era tolerante e o outro intransigente. O resultado mais uma vez foi incrível e Öser não alterou sua fisionomia para nenhum dos dois, ou seja, se comportou da mesma maneira com os dois. Você acha que conseguiria? Eu provavelmente iria tratá-los de maneira diferente, até porque somente um era tolerante. Você conseguiria se manter sorridente ao discutir com alguém intransigente? Difícil, né? Acho que todos nós precisamos de um pouco de meditação de vez em quando.

Após ler esse texto a impressão que me deu é que pessoas extraordinárias como Öser que praticam a meditação passam uma sensação de calma, serenidade, paz e extrema bondade.

Se você é, assim como eu, incrédulo em sua capacidade de meditar e acha que sua mente jamais ficaria vazia e calma saiba que na verdade a única forma de conseguir meditar é tentar até conseguir. Não desista que uma hora conseguirá limpar sua mente. A meditação realmente é algo muito bom para não só para a mente, mas também para o corpo.

 Eu pretendo em algum momento da minha vida tentar não desistir. Seria incrível conseguir ser como Öser, não é? Como a vida seria mais fácil com mais pessoas assim no mundo.

 E aí, vamos meditar?



quinta-feira, março 24, 2016

A Mente e a Memória

Boa noite, pessoal !

Então, o texto dessa semana é um pedaço de um livro chamado A Mente e a Memória escrito por A. R. I. Uria


Esse livro fala sobre um estudo desenvolvido durante 30 anos, realizado pelo autor, sobre um homem que possuía uma memória extraordinária. Ao decorrer do texto o autor nos diz que R. fazia usa da sinestesia para se recordar das séries, ou seja, para se lembrar de uma palavra, por exemplo, ele era capaz de associar um cheiro, uma cor, um gosto, uma imagem ou até mesmo uma sensação de tato e dessa forma ele ia atribuindo experiências específicas para que facilitasse a memorização.

Ficou interessado e gostaria de adquirir o livro? Click aqui 






Me identifico com essa questão. Existem diversas memórias minhas as quais não me recordo de detalhes visuais, porém consigo sentir o cheiro do ambiente, das pessoas e consigo reproduzir o sentimento que estava presente naquele momento.

Minha memória fotográfica é péssima, inclusive sou horrível com fisionomia, caminhos, etc, porém sou extremamente boa em lembrar datas e nomes. É bem provável que eu me recorde de seu nome e de você, mas se nos encontrarmos na rua eu posso não te reconhecer. Rsrs ... Já fui taxada como metida inúmeras vezes por isso, mas enfim ... kkkk ... Cada um com suas limitações, né ?

Brincadeiras à parte, essa questão de memória é extremamente interessante de se analisar. Eu adoro ler a revista superinteressante, conhecem? Então, em uma das edições eles retrataram a história de uma mulher que se lembra de TUDO que aconteceu com eles nos últimos 28 anos. É incrível e ao mesmo tempo assustador. Imagine só você se lembrar de tudo que fez sua vida inteira ... todos os seus erros, suas mágoas, decepções, todos aqueles sentimentos e lembranças que te machucam e o melhor a se fazer é esquecer ... porém você não consegue. Mesmo sendo bom conseguir lembrar das coisas boas deve ser uma tortura fixar em sua mente detalhadamente aquilo que te machucou de alguma forma.

O texto me remeteu também à um ex integrante do programa humorístico Pânico chamado popularmente de Charles Henriquepédia. Essa figura fez sucesso devido à sua memória de elefante, Charles impressionava celebridades devido à sua capacidade incrível de se lembrar de datas de programas antigos na TV, nomes de personagens de novelas antigas, entre outras coisas ... Ele realmente era a enciclopédia da televisão brasileira, mas infelizmente acabou saindo do programa e desapareceu das telinhas.


Acredito que cada um tenha uma memória mais seletiva em determinada aspecto. Qual sua melhor memória? Auditiva? Visual?

terça-feira, março 22, 2016

A Patologia do Tédio/ Novo sentido do tato

Boa noite, pessoal.

Vou retomar meu blog para comentar alguns textos extremamente interessantes que irei ler durante esse semestre na disciplina de introdução à psicologia. Irei começar pelo texto "A patologia do tédio" e logo após partiremos para "O novo sentido do tato".

Tenho certeza de que o tédio faz parte do cotidianos de todos, não é verdade? Querendo ou não nós acabamos entediados com alguma coisa. Fatores recorrentes como o trabalho, faculdade ou até mesmo um final de semana que ninguém te convida para fazer alguma coisa acaba acarretando em TÉDIO. Mas o que é tédio?

De acordo com o dicionário informal (Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/tedio) uma definição possível seria:

"É um estado de desinteresse ou de falta de energia, como reação a estímulos percebidos como monótonos, repetitivos ou tediosos. Ocorre pela falta de coisas interessantes para se olhar, ouvir, perceber etc., ou para fazer física ou intelectualmente, quando não se deseja estar sem fazer nada. E o contrario, portanto da diversão ou o entretenimento. Pode causar bocejos."

Ah, Thamara, então o texto é sobre o estudo do tédio em determinada área de conhecimento?

Ok, já definimos tédio, mas e patologia? 

A definição de patologia de acordo com a Wikipedia  é:

(Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia)

"Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento como matemática e engenharias, onde é conhecida como "Patologia das Edificações" e estuda as manifestações patológicas que podem vir a ocorrer em uma construção. Ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças."

Ah, Thamara, então o texto é sobre o estudo do tédio em determinada área de conhecimento?

Exatamente, querido ! O texto fala sobre o estudo do tédio no âmbito da psicologia.


Bom, esse texto fala sobre um psicólogo chamado Hebb que juntamente com alguns colaboradores, inclusive o autor do texto, conseguiram que sua pesquisa sobre efeito do tédio nas pessoas fosse financiado. Para isso ele precisavam entender como as pessoas se comportavam quando expostas à uma situação de confinamento total com seus sentidos limitados. Mas como assim? O que eles fizeram? Então, basicamente os pesquisadores tiraram dos voluntários tudo aquilo que poderia estimular os seus sentidos. Colocaram luvas, tapa olhos, entre outros.

Imagem retirada do próprio texto.


 O experimento funcionava da seguinte forma: Deixar o indivíduo em um cubículo iluminado 24 horas por dia, que possuía apenas ar condicionado e uma cama confortável. Apenas saíam para fazer suas refeições e irem ao banheiro. Os voluntários ficavam nesse quarto o quanto aguentassem. Suas ondas cerebrais foram analisadas antes e depois dessa experiência e foram feitos diversos testes durante e após o isolamento. Ao analisarem os resultados perceberam que a maioria deles apresentavam alteração e nitidamente pioravam crescentemente conformo o tempo que permaneciam no isolamento. Em um dos testes, eles analisaram o comportamento do voluntário em relação à fenômenos sobrenaturais, antes e depois da experiência. Sem dúvida esse foi o teste que mais chamou minha atenção. Eles participaram de uma palestra sobre o assunto e foi verificado que muitos tinham mudado de opinião a respeito do assunto após a experiência, alguns chegaram até mesmo a verem e escutarem "fantasmas". Alguns ficaram com os sentidos tão afetados que tiveram dificuldade de achar o banheiro.

O cérebro humano realmente é algo extremamente interessante. Não sei vocês, mas eu vejo essas alucinações como uma forma que ele encontrou de tentar escapar do tédio e manter-se ativo. A falta total do que fazer, ou seja, o confinamento, faz com que qualquer um perca um pouco de sua sanidade e um grande exemplo disso são as famosas solitárias que existem nas prisões. Sem dúvida é o castigo mais temido pelos presos, chega a ser tortura. Permanecer por dias no escuro, sem contato com nada, sem estimular o cérebro ... Não precisamos passar por essa experiência para constatar que isso influência extremamente o comportamento do indivíduo.

Outro exemplo seria relatos de alguns motoristas de caminhão que fazem longas viagens solitárias. Alguns dizem ver insetos gigantes, fantasmas, vozes e até mesmo objetos ganhando vida.

Só de imaginar pelo que esses voluntários, presos e motoristas passam já me deixa de certa forma agoniada, imagina se realmente fosse exposta a algo do tipo. Você teria coragem de passar por essa experiência? Eu definitivamente não teria.

Já o texto do tato disserta sobre alguns projetos que estão sendo feitos utilizando o tato, ou seja, estímulos de vibração para dar avisos, por exemplo, de perigo. Isso sem dúvida trará diversos benefícios principalmente para pessoas com deficiências como surdos, cegos, deficientes físicos.
Não tenho dúvidas de que isso realmente funciona, pois a primeira coisa que me remeteu lendo esse texto foi àquelas coleiras que dão "choque" em cães.

Cão utilizando coleira de vibrações. (FONTE: https://www.google.com.br/search?q=coleira+vibratoria+cachorro&espv=2&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjByubO2NXLAhXMhJAKHeBGCKgQ_AUIBigB#imgrc=ypGBHw9vYJMlcM%3A)

Essa coleira é utilizada para ensinar aos cães diversas coisas como: Não latir, não se aproximar de algos que represente perigo, entre outros tipos de adestramento.
Para mim a ideia é a mesma, através de vibrações o cérebro deles entendem que não devem fazer determinada coisa.
Uma utilização extremamente interessante aplicado à seres humanos seria detectar que o motorista, por exemplo, está começando a dormir e emitir um aviso para que o acorde. Sem dúvida isso evitaria diversos acidentes que estamos cansados de ouvir e ver por aí. Afinal, quem nunca dirigiu com sono? Realmente afeta nossas percepções, arriscaria dizer que afeta tanto quanto o álcool.

Eu compraria um item desses para usar, você não?