terça-feira, março 22, 2016

A Patologia do Tédio/ Novo sentido do tato

Boa noite, pessoal.

Vou retomar meu blog para comentar alguns textos extremamente interessantes que irei ler durante esse semestre na disciplina de introdução à psicologia. Irei começar pelo texto "A patologia do tédio" e logo após partiremos para "O novo sentido do tato".

Tenho certeza de que o tédio faz parte do cotidianos de todos, não é verdade? Querendo ou não nós acabamos entediados com alguma coisa. Fatores recorrentes como o trabalho, faculdade ou até mesmo um final de semana que ninguém te convida para fazer alguma coisa acaba acarretando em TÉDIO. Mas o que é tédio?

De acordo com o dicionário informal (Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/tedio) uma definição possível seria:

"É um estado de desinteresse ou de falta de energia, como reação a estímulos percebidos como monótonos, repetitivos ou tediosos. Ocorre pela falta de coisas interessantes para se olhar, ouvir, perceber etc., ou para fazer física ou intelectualmente, quando não se deseja estar sem fazer nada. E o contrario, portanto da diversão ou o entretenimento. Pode causar bocejos."

Ah, Thamara, então o texto é sobre o estudo do tédio em determinada área de conhecimento?

Ok, já definimos tédio, mas e patologia? 

A definição de patologia de acordo com a Wikipedia  é:

(Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia)

"Patologia (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo) é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento como matemática e engenharias, onde é conhecida como "Patologia das Edificações" e estuda as manifestações patológicas que podem vir a ocorrer em uma construção. Ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças."

Ah, Thamara, então o texto é sobre o estudo do tédio em determinada área de conhecimento?

Exatamente, querido ! O texto fala sobre o estudo do tédio no âmbito da psicologia.


Bom, esse texto fala sobre um psicólogo chamado Hebb que juntamente com alguns colaboradores, inclusive o autor do texto, conseguiram que sua pesquisa sobre efeito do tédio nas pessoas fosse financiado. Para isso ele precisavam entender como as pessoas se comportavam quando expostas à uma situação de confinamento total com seus sentidos limitados. Mas como assim? O que eles fizeram? Então, basicamente os pesquisadores tiraram dos voluntários tudo aquilo que poderia estimular os seus sentidos. Colocaram luvas, tapa olhos, entre outros.

Imagem retirada do próprio texto.


 O experimento funcionava da seguinte forma: Deixar o indivíduo em um cubículo iluminado 24 horas por dia, que possuía apenas ar condicionado e uma cama confortável. Apenas saíam para fazer suas refeições e irem ao banheiro. Os voluntários ficavam nesse quarto o quanto aguentassem. Suas ondas cerebrais foram analisadas antes e depois dessa experiência e foram feitos diversos testes durante e após o isolamento. Ao analisarem os resultados perceberam que a maioria deles apresentavam alteração e nitidamente pioravam crescentemente conformo o tempo que permaneciam no isolamento. Em um dos testes, eles analisaram o comportamento do voluntário em relação à fenômenos sobrenaturais, antes e depois da experiência. Sem dúvida esse foi o teste que mais chamou minha atenção. Eles participaram de uma palestra sobre o assunto e foi verificado que muitos tinham mudado de opinião a respeito do assunto após a experiência, alguns chegaram até mesmo a verem e escutarem "fantasmas". Alguns ficaram com os sentidos tão afetados que tiveram dificuldade de achar o banheiro.

O cérebro humano realmente é algo extremamente interessante. Não sei vocês, mas eu vejo essas alucinações como uma forma que ele encontrou de tentar escapar do tédio e manter-se ativo. A falta total do que fazer, ou seja, o confinamento, faz com que qualquer um perca um pouco de sua sanidade e um grande exemplo disso são as famosas solitárias que existem nas prisões. Sem dúvida é o castigo mais temido pelos presos, chega a ser tortura. Permanecer por dias no escuro, sem contato com nada, sem estimular o cérebro ... Não precisamos passar por essa experiência para constatar que isso influência extremamente o comportamento do indivíduo.

Outro exemplo seria relatos de alguns motoristas de caminhão que fazem longas viagens solitárias. Alguns dizem ver insetos gigantes, fantasmas, vozes e até mesmo objetos ganhando vida.

Só de imaginar pelo que esses voluntários, presos e motoristas passam já me deixa de certa forma agoniada, imagina se realmente fosse exposta a algo do tipo. Você teria coragem de passar por essa experiência? Eu definitivamente não teria.

Já o texto do tato disserta sobre alguns projetos que estão sendo feitos utilizando o tato, ou seja, estímulos de vibração para dar avisos, por exemplo, de perigo. Isso sem dúvida trará diversos benefícios principalmente para pessoas com deficiências como surdos, cegos, deficientes físicos.
Não tenho dúvidas de que isso realmente funciona, pois a primeira coisa que me remeteu lendo esse texto foi àquelas coleiras que dão "choque" em cães.

Cão utilizando coleira de vibrações. (FONTE: https://www.google.com.br/search?q=coleira+vibratoria+cachorro&espv=2&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjByubO2NXLAhXMhJAKHeBGCKgQ_AUIBigB#imgrc=ypGBHw9vYJMlcM%3A)

Essa coleira é utilizada para ensinar aos cães diversas coisas como: Não latir, não se aproximar de algos que represente perigo, entre outros tipos de adestramento.
Para mim a ideia é a mesma, através de vibrações o cérebro deles entendem que não devem fazer determinada coisa.
Uma utilização extremamente interessante aplicado à seres humanos seria detectar que o motorista, por exemplo, está começando a dormir e emitir um aviso para que o acorde. Sem dúvida isso evitaria diversos acidentes que estamos cansados de ouvir e ver por aí. Afinal, quem nunca dirigiu com sono? Realmente afeta nossas percepções, arriscaria dizer que afeta tanto quanto o álcool.

Eu compraria um item desses para usar, você não?

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