segunda-feira, maio 23, 2016

Como Conhecemos as Pessoas com as Quais Interagimos

Boa tarde, galera ! 

Hoje vamos falar um pouco sobre um texto intitulado: Como conhecemos as pessoas as quais interagimos.


Quantas vezes você, caro leitor, não viu alguém na rua e o julgou de certa maneira apenas pelo seu jeito de se vestir, fisionomia, intuição ou até mesmo porque seu santo não bateu com o dela?
O julgamento faz parte de nosso cotidiano, nós criticamos e julgamos tudo e todos o tempo inteiro. 

No texto o autor começa com um diálogo com o objetivo de provocar uma série de questionamentos sobre uma interação social. Também mostra como são as primeiras impressões quando conhecemos alguém. Essas impressões derivam de algum referencial que temos seja experiência, preconceito ou teorias, então a partir disso decidimos como agir frente a determinadas situações e primeiras impressões.
Analisando o interesse eu nós mesmo temos em outra pessoa o autor diz que só avaliamos esse interesses depois da percepção. Isso quer dizer que no primeiro contato utilizamos nossos sentidos para perceber a outra pessoa e somente depois dessa etapa é que levamos em consideração uma avaliação mais pautada em nossos valores, princípios, atitudes, esteriótipos e etc. Nós julgamos o indivíduo baseado nos achismos que certas características dele nos remetem sem nem ao menos o conhecermos de uma maneira mais íntima.
O autor dá um exemplo que achei muito interessante sobre como muitas vezes julgamos erroneamente as pessoas...
Ele relata um psicologo social que trabalha em tribunais junto ao juri afim de que todos continuem focadas no que de fato está sendo julgado, ou seja, deixando de lado preconceitos, julgamentos superficiais baseados em esteriótipos, essas coisas... Para que realmente julguem de forma justa e sem influências sem valor. O exemplo apresenta o posicionamento do psicólogo em situações em que a maioria do juri estaria deixando se influenciar por esteriótipos e preconceitos que talvez fossem até manipulados. Assim, o juri facilmente poderia cometer um erro gravíssimo e acabar injustiçando alguém. 


Não se pode analisar apenas características inerentes ao que achamos, vivemos ou julgamos certo ou errado, precisamos de fato conhecer a pessoa. Logicamente somos suscetíveis à errar o tempo todo e principalmente a julgar situações e pessoas, acontece sem sequer que percebamos. Somos seres críticos e a tendência é sempre julgar, porém é necessário que haja a noção de que muita vezes esses julgamentos são falhos.
Esse texto foi bem interessante de se ler devido ao fato de que o autor ilustra cada exemplo de cada caso relatado, isso deixa a compreensão muito mais fácil e clara para o leitor.

Caso tenham interesse de saber mais sobre o assunto segue o link para adiquirir o livro de onde o texto foi tirado: Click aqui!





quarta-feira, maio 18, 2016

Stanley Milgram e a obediência à autoridade.

Bom dia, pessoal ! 


Se você nunca ouviu falar nesse nome é bom saber quem foi Milgram. 
Stanley Milgram foi um psicólogo extremamente interessado em estudar a obediência à autoridade. Ele ficava intrigado com as explicações que lhe davam quando questionava alguém sobre o polêmico assunto holocausto. Ele queria saber o motivo pelo qual as pessoas de comportaram daquela maneira cruel e porque era tão fácil persuadir seres humanos à realizarem esses aqueles atos. Então ele resolveu realizar um experimento para tentar chegas às respostas que tanto almejava.

O experimento de Milgram:

  • Objetivo:
Stanley Milgram estava interessado em saber o quão facilmente pessoas comuns poderiam ser influenciadas em cometerem atrocidades como, por exemplo,  as que os alemães cometeram durante a Segunda Guerra.
  • Procedimento:

Foram recrutados 40 homens com faixa etária entre 20 e 50 anos com trabalhos não qualificados a profissionais. Para que participassem foi pago US$ 4,50 a cada um. No início do experimento, eles foram apresentados para outro participante, que na verdade era um cúmplice de Milgram. Essa escolha era feita através de sorteios com dois tipos de papéis: Aluno e Professor.  Na maioria das vezes o cúmplice acabava sendo o aluno. Havia também um "pesquisador" vestido com um jaleco cinza, que na verdade era um ator. reservaram duas salas do Laboratório de Interação na Universidade de Yale para a realização do processo, uma para o aluno e outro para o professor e pesquisador. A sala do aluno tinha uma cadeira elétrica e a outra um gerador de choque elétrico. A partir daí o cúmplice de Milgram foi amarrado à cadeira com seu corpo tomado por eletrodos e tinha que aprender uma lista de pares de palavras que o professor havia passado e depois iria ser testado pelo mesmo. O professor ia falando o nome de uma palavra e pedindo para o aluno lembrar qual era seu par de uma lista de quatro possíveis escolhas. O professor é o voluntário que foi instruído a administrar um choque elétrico cada vez que o aluno errava e a intensidade do nível de choque aumentava a cada vez que ele errava. Havia 30 chaves no gerador de choque, que variava de 15 volts, considerado choque leve, a 450 , choque grave. O aluno então errava a resposta propositalmente na maior parte das vezes. Quando o professor se recusava a administrar um choque, o experimentador tentava o persuadir para garantir que eles continuassem. Haviam quatro frases para convencê-lo a continuar, e se a primeira frase de estímulo não fosse seguida, o experimentador lia a segunda frase, e assim por diante. Segue abaixo as frases utilizadas:

Estímulo 1: Por favor, continue.
Estímulo 2: O experimento requer que você continue.
Estímulo 3: É absolutamente essencial que você continue.
Estímulo 4: Você não tem outra escolha a não ser continuar.

Se o professor se negasse mesmo depois das 4 frases o experimento era finalizado, mas senão só acabava quando chegasse na voltagem mais alta de choque. Quando terminou o experimento Milgram era chamado como se fosse um auxliar do pesquisador para fazer algumas perguntas ao professor. Por exemplo: O motivo pelo qual ele decidiu continuar mesmo quando escutava gritos de dor do aluno ou quando emitia silencio absoluto.
  • Resultados:
100% dos participantes continuaram o experimento até no mínimo 300 volts e 65% até o mais alto nível de 450 volts. Milgram investigou a personalidade de cada voluntário ... desde infância até o serviço militar, etc. Ele então chegou a conclusão de que a situação influencia muito na atitude a ser tomada e nesse caso do experimento as pessoas sentiam vontade de parar, mas continuavam devido a autoridade exercida pelo pesquisador e a cada vez que o professor queria parar o pesquisador o convencia a continuar e depois de uma certa frequência acabava sendo automática a decisão de ir até o fim.



Se você parar pra pensar por quantas vezes você, ao decorrer da sua vida, fez ou continuou a fazer algo apenas por causa da situação ... Por que seu pai ou sua mãe mandava ou seu chefe. Vivemos muito isso no âmbito escolar. Fazendo um link com o texto sobre a forma de avaliação padronizada que somos submetidos ... A maioria das pessoas não concordam com essa imposição, não concordam com a maneira que o professor decide ministrar e avaliar suas aulas e alunos, mas por questão de respeito e até medo da autoridade dele ficamos calados, não nos impomos e simplesmente aceitamos o que é dito e fazemos o que foi mandado.
Sem dúvida alguma Milgram está certo, nós agimos de acordo com o que a situação pede. As vezes dependendo da situação passamos por cima inclusive de nossos princípios ...
Ainda dúvida disso ? 

Aposto que você jamais mataria alguém, certo ? 
Mas e se a vida do seu filho estivesse em jogo? Ainda assim não mataria para salvá-lo? 

É uma questão de sobrevivência, né ? Infelizmente .... Somos moldados a nos adaptarmos de acordo com a situação na qual estamos submetidos e é preciso muita coragem para se impor e ir contra a autoridade ou os princípios que você segue.